quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Por Cora Coralina...O que é viver bem?

Um repórter perguntou a CORA CORALINA (poeta que viveu até 95 anos): - o que é viver bem? Ela disse-lhe: Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice.  E digo prá você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e  isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais. Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de  mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso, com esperança.

Penso no que faço,  com fé.

Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Autora...

Ela juntou retalhos, restos de coisas, pessoas e momentos que não cabem mais.
Aos poucos com os ventos, estavam indo embora, sem dor, nem sensação de perda, apenas se foram.
Talvez tenham ido para outros lugares, espaços, outras pessoas e até mesmo outros tempos.
Entre uma brisa e outra, escorregavam pelas suas mãos, deslizavam até a ponta dos dedos, partindo sem nenhum pesar.
As poerias subiram e um sorriso leve e doce dominou o seu rosto e tudo se foi, como tudo se vai.
Restaram somente o que cabe a ela, pois a partir desse momento, decidiu sair da posição de vítima e escrever a própria história, sendo assim a autora de sua vida.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sentirei Falta...

Sentirei falta das caminhadas que não mais existirão. 
Dos abraços que não mais se cruzarão. 
Das palavras de conforto, amizade e sedução.
Dos sorrisos estampados no seu rosto de traços tão fortes.
Das canções que talvez fossem tocar, quando estivessemos juntos.
Do colo, do afeto que agora se distanciarão.
Da presença mesmo com a distância, das brincadeiras voltando a ser criança.
Dos beijos suaves, envolventes, da perda de ar, do calor, das brigas.
Sentirei falta até mesmo de escrever pra você, pois com tanta ausência, não mais será minha inspiração.

sábado, 12 de novembro de 2011

Tocando o barco...

Ela estava tocando o barco, permitindo novas possibilidades e vivências, em seu íntimo lembranças.
Lembranças essas que machucavam quando voltava em sua memória.
Olhando para trás e andando pra frente, percebe que tudo mudou, dentro de si, como se ao mesmo tempo que uma parte desabou a outra foi reconstruída com uma inteligência peculiar, do amadurecimento de coisas e sentimentos ruins que tinha vivido.
Em dias de paz consigo, suas risadas dominam, como se o seu mundo, fosse intensamente uma roda gigante, colorida e alegre.
Em outros dias de barulho consigo mesma, seus pensamentos do que foi, voltavam em sua cabeça, destruindo a paz que havia conquistado no dia anterior.
Seguindo ela vai tocando o barco, entrando em conflitos, dos seus grandes altos e baixos, que a vida tinha  lhe proporcionado.
Tantas histórias para contar em segundos, onde por um minuto tudo pode ser mudado e transformado.
Basta ela querer e ter força, para deixar sempre os dias de paz dominarem o seu coração, espantando qualquer fragilidade de permitir que o barulho entre novamente.
O tempo passa e a certeza de rirmos do que um dia nos fez chorar, vai despertando-a com o amadurecimento.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Sol...

O Sol brilha na minha janela
E faz o meu coração pulsar
Alegrias e esperanças
De um mundo a imaginar

Imaginando eu vou sorrindo

Vendo o brilho dele iluminar
Com a sua luz forte invadindo
Em todos os meus poros penetrar


Penetrando em minha pele
Vou sentindo renovar
Para uma nova etapa que chega
Fazendo dentro de mim, sua luz brilhar.


Brilhando eu vou despertando
Para grandes amores que vão chegar
Dando mais valor ao meu íntimo
Me amando em primeiro lugar