sexta-feira, 21 de junho de 2013

Carta para um assassino...



O que é a vida pra você que não sabe o valor dela?
Quando não enxerga que o valor não está só na sua vida e sim na do próximo.
O próximo que olha junto de você, que possui caminhos diferentes, mas preenche o espaço, ocupa o tempo e faz parte do mundo.
Esse mundo vasto com tantos lugares, onde todos podem construir.
Não aponte sua arma, guarde o seu veneno, tente ao menos pensar que esse não é um direito seu.
Pois quando tira uma vida, você silencia a voz, as ações de alguém que pode fazer a diferença no mundo que você habita.
E você deixa marcas, não só naqueles que ficaram e vão doer de tanta saudade, mas no seu corpo e alma.
Você pode não sentir nada no momento, mas um dia vai remoer.
Cure-se, odeie e ame, controle o seu lado mais sombrio.
Sei que errar é de nós, mas matar é deixar falar o que você tem de mais cruel em ti.
Eu sei que a vida é complicada, mas se você está aqui de um jeito de transformá-la.
Porque você faz parte dê uma criação e pode fazer do seu mundo o melhor possível.
Basta querer e acreditar, não pense que não choro por ti, choro e tenho pena, pois poderíamos mudar juntos e construir algo de concreto.
E a vida meu caro é isso, deixar acontecer.
Tu és criação de Deus e quem sou eu para julgá-lo, da mesma forma que eu te pergunto: Quem é você para tirar a vida de alguém?
Somos todos vítimas e culpados, até que se prove o contrário.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Lutar...


No auge do barulho e do tormento ela procurava o seu caminho.
Seguia sem rumo, porém sempre em frente, ouvindo toda a loucura que dominava a sua volta.
Tentou transparecer calma, mas por dentro seu corpo tremia e o medo quase a dominou.
Como ela tinha esperanças de se encontrar, de calar e abafar sem precisar se pronunciar.
Mas a realidade é que precisava gritar e acima de tudo lutar.
Lutar pelos seus direitos de gente.
Lutar pelas suas buscas e anseios.
Lutar por tudo aquilo que a fez calar por tanto tempo.
E ela teve coragem de misturar a sua voz, junto com a multidão.
Gritou não somente pelos seus direitos, mas também por sua vida.
Não queria de forma alguma deixar passar em branco sem construir um mundo melhor para seus filhos.
Então, ela percebeu que sua voz podia ser mínima, mas quando se misturava a multidão se transformava em uma só voz, com uma força transformadora.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A alma humana...




Quem me dera se todos sentissem e tivessem uma reação.
A reação de olhar o outro e dizer: De-me sua mão eu vou te ajudar.
Eu me assusto com a frieza e distância de algumas pessoas.
O modo como elas tratam os outros que por várias vezes só querem um gesto de carinho e talvez colo.
Colo que afaga, acalenta e adoça.
Não consigo e nem quero deixar passar despercebido.
Gosto de me doar e trazer alívio aos corações angustiados, leveza aos corpos pesados e sorrisos para o recomeço.
É dessa forma que me sinto bem e sigo em paz comigo.
Pois, é muito fácil se manter frio perante os outros, quando não se vê e nem sente a alma humana.