quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

As folhas...

Ela gostava de observar as folhas das árvores, umas caindo e outras nascendo.
Os seus pensamentos iam pra longe, como um túnel, onde ela viajava em fatos passados e acontecimentos futuros.
Silenciosamente voltou a olhar as árvores e ficou ali, em meio as suas viagens no tempo, onde elaborava as próprias histórias futuras com as experiências vividas.
Assim como as folhas ela caía e renascia simultaneamente.
Quando observa a natureza é para no fundo buscar os sentidos de todos os vazios, que grita e ao mesmo tempo silencia dentro dela.
É no desconhecido que se encontrava, nessa mudança constante, do verde, das plantas, flores e animais que a todo momento estão em sua volta.
Para olhá-los, senti-los, encontrando sempre as respostas, seja num perfume de rosas, ou no olhar de um bicho.
Percebendo assim, que a estrada da sua vida era igual ao ciclo das folhas, que caem das árvores para outras nascerem.
Pois sempre quando o novo entrava em sua vida, o velho tinha partido,as vezes levemente, outras com galhos, tendo assim um peso maior, mas sempre partindo e renascendo...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Processo...

Eu custei tanto para me despedir, criei contos, textos, frases, mas a verdade é que tudo isso fez parte de um processo.
No qual eu compreendi a necessidade de esvaziar os espaços, os lugares e o tempo, pois na minha fragilidade humana era necessário ainda guardar e ter dentro de mim.
Porém entre festas, sorrisos e pessoas, sem perceber partiu e hoje não é estranho a ausência, sinto somente a presença.
Eu estou falando da minha presença, das minhas histórias e do meu íntimo com sede de ser feliz.
Agora eu vou dançar, atuar e dar o meu show em outros palcos, com novas platéias, criarei asas como as borboletas que tanto admiro.
Voarei alto, permanecerei em lugares, mas quando não servir mais, baterei asas de novo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um lugar...

Agora mesmo teve pássaros cantando, flores desabrochando e o sol se abrindo.
Permitindo assim o meu silêncio mais calmo e quieto possível.
Me levando para lugares lindos e difíceis de contar, porque a beleza do colorido tocava tão forte meu coração, onde calar era a melhor resposta.
Era necessário apenas deixar fluir os pensamentos, relaxando o corpo, sentindo assim a leveza da alma.
Pela primeira vez foi possível perceber o meu respirar, pausado, calmo e sossegado.
Despertar seria voltar ao barulho, a loucura, a ânsia dos dias, mas eu memorizei todos os detalhes.
Guardados em minha memória, esse momento se tornará um refúgio.
Pois nas insanidades dos dias é sempre bom ter um lugar para ir, silenciar e acalmar.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Por Cora Coralina...O que é viver bem?

Um repórter perguntou a CORA CORALINA (poeta que viveu até 95 anos): - o que é viver bem? Ela disse-lhe: Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice.  E digo prá você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e  isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais. Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de  mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso, com esperança.

Penso no que faço,  com fé.

Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Autora...

Ela juntou retalhos, restos de coisas, pessoas e momentos que não cabem mais.
Aos poucos com os ventos, estavam indo embora, sem dor, nem sensação de perda, apenas se foram.
Talvez tenham ido para outros lugares, espaços, outras pessoas e até mesmo outros tempos.
Entre uma brisa e outra, escorregavam pelas suas mãos, deslizavam até a ponta dos dedos, partindo sem nenhum pesar.
As poerias subiram e um sorriso leve e doce dominou o seu rosto e tudo se foi, como tudo se vai.
Restaram somente o que cabe a ela, pois a partir desse momento, decidiu sair da posição de vítima e escrever a própria história, sendo assim a autora de sua vida.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sentirei Falta...

Sentirei falta das caminhadas que não mais existirão. 
Dos abraços que não mais se cruzarão. 
Das palavras de conforto, amizade e sedução.
Dos sorrisos estampados no seu rosto de traços tão fortes.
Das canções que talvez fossem tocar, quando estivessemos juntos.
Do colo, do afeto que agora se distanciarão.
Da presença mesmo com a distância, das brincadeiras voltando a ser criança.
Dos beijos suaves, envolventes, da perda de ar, do calor, das brigas.
Sentirei falta até mesmo de escrever pra você, pois com tanta ausência, não mais será minha inspiração.

sábado, 12 de novembro de 2011

Tocando o barco...

Ela estava tocando o barco, permitindo novas possibilidades e vivências, em seu íntimo lembranças.
Lembranças essas que machucavam quando voltava em sua memória.
Olhando para trás e andando pra frente, percebe que tudo mudou, dentro de si, como se ao mesmo tempo que uma parte desabou a outra foi reconstruída com uma inteligência peculiar, do amadurecimento de coisas e sentimentos ruins que tinha vivido.
Em dias de paz consigo, suas risadas dominam, como se o seu mundo, fosse intensamente uma roda gigante, colorida e alegre.
Em outros dias de barulho consigo mesma, seus pensamentos do que foi, voltavam em sua cabeça, destruindo a paz que havia conquistado no dia anterior.
Seguindo ela vai tocando o barco, entrando em conflitos, dos seus grandes altos e baixos, que a vida tinha  lhe proporcionado.
Tantas histórias para contar em segundos, onde por um minuto tudo pode ser mudado e transformado.
Basta ela querer e ter força, para deixar sempre os dias de paz dominarem o seu coração, espantando qualquer fragilidade de permitir que o barulho entre novamente.
O tempo passa e a certeza de rirmos do que um dia nos fez chorar, vai despertando-a com o amadurecimento.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Sol...

O Sol brilha na minha janela
E faz o meu coração pulsar
Alegrias e esperanças
De um mundo a imaginar

Imaginando eu vou sorrindo

Vendo o brilho dele iluminar
Com a sua luz forte invadindo
Em todos os meus poros penetrar


Penetrando em minha pele
Vou sentindo renovar
Para uma nova etapa que chega
Fazendo dentro de mim, sua luz brilhar.


Brilhando eu vou despertando
Para grandes amores que vão chegar
Dando mais valor ao meu íntimo
Me amando em primeiro lugar

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tudo novo de novo...

Algo despertou nela, sinais, forças, mudanças.
Amplitudes vastas de um mundo esperavam lá fora, precisava ir de encontro.
Ir de encontro com o céu, o ar, o chão, como se os seus braços tivessem a dimensão de agarrar tudo de uma vez só.
Sim! era ela, na sua mais pura essência de menina mulher, se percebendo, sentindo, encontrando e alinhando-se com a vida.
A vida de idas e vindas, encontros e despedidas, promessas e sonhos, decepções e virtudes.
Ela renasceu daquele tombo, transformou lembranças tristes em cinzas. Cinzas que agora estão sendo levadas junto com o vento.
Uma sensação de alívio, vida nova, tudo novo de novo.
Sem pressa, seguindo em frente, ela vai cuidando de si, focada em sua nova relação de amor consigo próprio.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Alma Grita...

Quando a alma grita o coração chora e o corpo padece.
Padece em meio há um vazio, dolorido, trancado, recolhido.
Entre uma percepção e outra a alma vai se desprendendo, fugindo, ela quer ir para algum lugar.
Precisa sair desse corpo doído, reprimido que impulsiona lamentos e angústias.
Ela só precisa ficar leve, se livrar desse peso, pois ela quer e precisa flutuar.
Não consegue mais ficar ligada a esse corpo tão entregue, magoado e triste, mas por outro lado se lembra de tantas coisas que já passaram juntos.
E agora, ele se encotra ali, estirado, sem reação, perdido em meio a qualquer vontade de viver.
Mais a alma luta, guerreira, ela quer e sabe que podem continuar, assim ela percebe uma reação do corpo e aos poucos ela volta a se unir a ele.
É então que juntos, corpo, alma e coração as lágrimas os dominam e eles começam a colocar pra fora, com soluços, gritos de dor, deixando tudo limpo, sem deixar nada guardado e retraído.
O alívio da alma vem com o suspiro do corpo e a leveza do coração.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aquele Abraço...

Durante um tempo ela ficou observando o olhar dele, seus gestos e seu jeito, sempre tão carinhoso e atencioso.
Ele voltara para a sua vida e foi tão especial reencontrá-lo.
Ao mesmo tempo que conversavam e sorriam, ela se lembrava da época que tinham se conhecido.
Uma época imatura, onde ainda era uma menina, perdida, insegura e cheia de incertezas.
E ele tão especial com uma delicadeza dígna de um homem, em nenhum momento trouxe lembranças negativas daquele tempo que passaram juntos.
Pelo contrário deixou bem claro todo o seu carinho e respeito por ela.
Entre sorrisos, recordações e conversas encerraram o encontro com um abraço.
E foi aquele abraço, com a certeza de saberem que independente do caminho que cada um seguirá, são especiais um para o outro.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Canções...

Ela sentiu que canções entravam em seus ouvidos, fazendo os seus sentidos aguçarem aos sons das batidas.
Batidas essas que embalavam o seu coração e faziam lembrar de cada paixão vivida.
Estava quieta no seu cantinho favorita da casa, foi então que começou a ouvir as canções dançantes, onde na memória veio as festas com os amigos.
Se deparou com uma pasta onde se encontrava as letras das músicas que marcaram etapas da sua vida.
A cada folha que lia um rítmo dominava e uma vivência retornava em sua mente. 
Nas últimas folhas encontrou canções da época que era uma criança e naquele momento voltou a ser.
Começou a sentir os toques e relembrou de toda a sua inocência perdida, daquela fase de fazer e acontecer sem se importar com nada.
Na sua cabeça não existia preocupações, responsabilidades, era só ficar bem colorida de maria chiquinha e dançar.
Velhos tempos aqueles, belos dias...
Assim ela fechou a pasta e lembrou de uma frase do grande Bob Marley: Uma coisa boa sobre a música é que quando ela bate não sentimos dor.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Então eu corro demais...

Não gosto das sensações que apertam o peito, porque sinto saudades. Confesso que por vários momentos não sei nem do quê, mas a sensação domina.
Entra no peito, vai para o coração e se manifesta no olhar e respirar.
Peito apertado, coração dilacerado é então que começo a caminhar.
Caminho sem rumo, sem pensar, apressadamente, quero mais é que o vento me leve.
E levando me faça esquecer o que eu poderia ter vivido, mas não foi permitido.
Ficou camuflado, abafado, escondido em algum lugar do tempo.
Manifesto o meu choro, prendo a minha fala e dessa vez eu corro. Corro para buscar o que foi perdido, desistido e deixado pra trás.
Realmente o tempo não para, a vida não para e a velocidade fazem as coisas escorrerem das minhas mãos.
Faço uma pausa, silêncio, mudo o rumo, pois percebo que estava na direção errada.
Respiro fundo e me convenço que é pra frente que se anda, permitindo assim a busca dessa tal felicidade.
E então eu corro demais...Só pra viver.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Borboleta...

Aquela Borboleta tão linda, colorida, leve, voa de uma forma sublime.
Quando ela enconsta em algum canto e para de voar, abre as suas asas, num gesto seguro e cheios de certezas.
As certezas de saber o quanto é bela, chama atenção e desperta curiosidade e uma sensação de liberdade.
Quando olho pra ela fico me perguntando: de onde vem tanta beleza? e essas asas, quantos caminhos já percorreram?
Todos os dias percorremos caminhos iguais aos da borboleta e encontramos diversidades, ventos contra e acima de tudo somos julgados.
Pois penso que ser livre não deve ser fácil nem pra ela, pois cada ser vivo paga um preço por isso.
Entre um misto de solidão e liberdade, vamos em frente.
Saudades apertam o coração, mas quando penso no vôou da borboleta, quero segui-la para algum lugar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Uma lição de Vida!

As vezes passamos por momentos em nossas vidas, que sentimos vontade de desistir, bate uma tristeza, angústia, depressão, ai vem um ser humano incrível,  e nos mostra uma lição de luta, garra, determinação e alegria.
O vídeo abaixo, fala da história de um garoto que mesmo nascendo em meio de uma guerra, sem os braços, ele mantém o sorriso nos lábios, e nos mostra além do talento o quanto é feliz e grato por tudo.
Essa é a história de Emmanuel Kelly: 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Entre Razões e Emoções...

Assim ela vai vivendo, tropeçando, andando, errando e acertando.
Sentindo o sol forte, a brisa leve no rosto, respirando, se arriscando e as vezes suportando.
Suportando dores, desafetos, amarguras, angústias e ao mesmo tempo realizações.
Entre um caminho e outro ela vai tentando equilibrar, deixar tudo muito bem dividido na balança da vida.
De um lado o seu emocional, fazendo-a fraquejar, mas de outro a sua consciência de se manter firme nas suas buscas e conquistas.
Quando o lado emocional dela pesa, apenas o coração fala, o choro vence e o raciocinar é deixado para trás.
Perdendo a razão a primeira coisa que busca é a sua consciência de agir e pensar.
A verdade é que entre uma experiência e outra, ela vai buscando seu equilíbrio, mas quando começa a perceber tudo o que já viveu, ela sabe que não importa os rumos que tomou e nem o lado da balança que pesou.
Porque entre Razões e Emoções a saída é sempre fazer valer a pena!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Recordações...

Ela sorriu no momento em que se lembrou dele, esse negócio de mágoas e ressentimentos não tem nada a ver.
Em suas recordações, tem como lembrança quando caminhavam lado a lado de mãos dadas e ele passava a mão em seu rosto dizendo: que menina boba!
Ele está nas músicas que ela ouve, nas essências do cheiros que sente, no gosto de seus lábios, no suor do seu corpo.
E a vida que continua seguindo, caminhando em frente, com recordações e lembranças em sua mente.
Vida que dá tantas voltas, tropeços, alegrias, dores e tristezas.
Na verdade, momentos passados chegam sem nem ao menos avisar, lembrando ela fica rindo e chorando, percebendo que agora está só.
Ele passou e pedaços dela estão sendo reconstruídos, como árvores que secam no inverno e renasce na primavera.
Renasce porque ainda há tanta vida pela frente, histórias lindas num futuro bem próximo.
Porém, ela sabe que cada história e pessoas tem suas particularidades. 
E as particularidades dele sobreviverá nela por um bom tempo de momentos bonitos, longos, breves e tristes que passaram juntos.
Dessa forma ela se despede e segue, pois ela sabe que em algum lugar distante, ele continua seguindo também.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sim! Ela é Poeta.

Disseram pra ela: Você não é e nem nunca vai ser poeta. 
Em um ato de ousadia, ela olhou bem nos olhos da pessoa e disse: Sim! eu sou poeta.
Sou poeta porque transbordo minhas dores, fatos e existência em linhas escritas e inspiradas no fundo da minha alma.
É necessário ter coragem para se expressar e colocar em versos e prosas, tudo aquilo que o insconsciente grita.
Ele grita para amar e amando as dores vêm e com elas vindo, a necessidade de poetizar entra no coração e vai para as mãos.
As mãos que escrevem e ao mesmo tempo, comovem ou não. 
Ela diz não, porque tem total consciência que não são todos que gostam de ler e sentir sua sensibilidade.
É necessário ser sensível e entender que tem dias alegres, porém existem dias tristes, dias comuns e dias extraordinários.
Só ela sabe do seu íntimo e entende que sempre quando a alma pede é preciso colocar pra fora, com versos, linhas, letras, onde se transformam nas suas poesias.
A poesia de sentir a vida muito mais com o coração do que com o cérebro.
Sim! ela é poeta, atrevida e ao mesmo tempo ousada de se achar, mas acredita.
E quando os poetas acreditam, eles existem eternamente e deixam suas vidas eternas em seus poemas, textos escritos, em algum lugar, em algum silêncio.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Inquietações da Alma...

Tudo poderia ser diferente, mas ela resolveu se calar e guardar suas inquietações.
Tinha total consciência do mundo que possuía dentro de si e à afligia.
Afligia como um peso na alma e transportava por todo o seu corpo, deixando-a com dificuldade de respirar.
Ao seu redor nada fazia sentido, mas dentro dela, forças, energias, cores, clariavam sua mente de ver e perceber que tudo estava claro.
Claro porque o mundo é assim, feito de aparências, quem vai querer olhar o íntimo?
Quem vai querer saber o que se passava ali naquele momento?
Coração apertado, sufocado e batendo descompassado e doía ter que ver  tudo mais além.
Além de qualquer visão e compreensão, porque pra ela forças ocultas existiam e estavam presentes, mas para os outros não.
Dessa forma ela aprendeu que nem tudo o que se vê é.
As fisionomias, corpos, aparências, gestos, sorrisos podem ser lindos por fora, mas quando consegue olhar dentro da alma, existe um podre, assustador, escuro e ao mesmo tempo revelador.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O coração precisa gritar...



Há uma força estranha, ela domina e ao mesmo tempo retém
Há um obscuro quieto, calado e profundo
Há um verde e tantas gotas de orvalho caindo
Há pássaro voando e chegando ao seu ninho

Há verdades e mentiras, contadas e desenhadas
Há tormentos, inquietação e plenitude
Há jardins com rosas lindas e harmoniosas
Há pessoas cantando canções ao tempo

Há poetas declamando e os corações se perdendo
Há o medo da voz, dos fatos e das partidas
Há morte misturada com vida
Há tantas histórias para contar nas estrofes perdidas

Há momentos meus, teus, apagando e revelando
Há luta e brilho no olhar, tentando se arriscar
Há vidas nascendo e mortes nos fazendo calar
Calando eu vou me recolhendo, aquietando o meu coração que às vezes precisa gritar.