quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A atriz...



As cortinas se fecharam só restou o silêncio da platéia.
Depois de tantas palmas, risadas, choros e emoções a atriz se encaminha para o seu camarim.
Chegando lá se olha no espelho e começa a tirar sua maquiagem e a se despedir mais uma vez do seu figurino.
Figurino guardado, cara lavada e novamente bate a nostalgia de voltar os minutos e as horas para viver toda a adrenalina, sentimentos e calor humano que agora pouco vivera.
Como era difícil pra ela se acostumar novamente com o silêncio, passar nos corredores do teatro e ver as cadeiras vazias.
Porém todas às vezes ao chegar à porta dos teatros que apresentava lá estavam às pessoas para abraçá-la, tirar fotos e dizer que de alguma forma ela os tocou seja levando aos risos ou as lágrimas.
E mais uma vez o silêncio todos foram embora e a atriz também partiu.
Ao chegar à sua casa se deparou com a solidão, mas ao deitar novamente em seu travesseiro pensou: amanhã terá outro espetáculo, outra personagem e platéia com novas e fortes emoções.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O Tempo e o Vento...



Parece que o vento começou a soprar a favor do tempo.
As folhas, frutos e flores com uma nova cara, não sei se foi à primavera que chegou ou se algo mudou dentro de mim.
É diferente olhar o mato, transformador reparar nas plantas e revigorante sentir a brisa.
A brisa que passa em meu rosto e faz voar os meus cabelos me levando para tão longe.
Longe do caos, da poluição dos carros, da poeira que existe nos ônibus e da correria descontrolada dos seres humanos.
Agora só o silêncio me domina e aquilo que faltava acabou de chegar o barulho da cachoeira.
Vou mergulhar em meio a sua correnteza e deixar que o tempo me leve.