sábado, 28 de julho de 2012

Alma Leve...

É tão bom sentir as pessoas de alma leve, sorriso fácil e brilho no olhar.
Ela gostava de te-las por perto e apreciar cada segundo dessas presenças.
Num mundo tão vulnerável, onde ofensas e agressões são gratuitas.
Observando os espaços, monitorando movimentos e a existência do calor humano.
Admirar as qualidades, respirar os defeitos e ampliar a realidade de SER.
Nada estava perdido, existia algo que gritava dentro dela o tempo todo, para seguir e continuar com esperança.
Esperança nela, no outro e na harmonia das vibrações.
Na ânsia da loucura em que vivemos tem sempre músicas lindas para ouvir, flores espalhadas em algum lugar, cheiros com fragrâncias divinas, animais querendo um lar e Seres Humanos de alma leve.
Bençãos, Proteção, Calma, Ervas, Rezas e Fé...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Madrugada...


Madrugada fria de vento gelado, coração vazio procurando espaços.
Nada de inspiração a não ser o tempo passando e a caneta deslizando em suas mãos.
Pensamentos tardios, olhar na janela causava calafrios...
Demonstrando nitidamente o medo de sair e enfrentar a multidão.
Recolhendo-se num ato de acostumar com a solidão.
Vivenciando no seu mundo os pensamentos mais profundos deixando dominar a emoção.
Vendo o tempo passar a energia do sereno penetrar como um furacão.
Pausa para o silêncio o Pôr do Sol está nascendo...
É o espetáculo da vida que aquece corpo, alma e coração.
Dando coragem para sair das cobertas, encarar o mundo lá fora sem medo e com paixão.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Depois de Triângulo das Águas...

Acabei de ler o livro Triângulo das Águas do Caio Fernando Abreu e confesso fica difícil voltar a escrever.
Não sei se me inspirei em Caio, mas ontem decidi tomar um chá.
Entre um gole e outro veio em minha mente várias passagens do livro, a força, o oculto e as fragilidades humanas que nele é retratado.
Lembrei de quando ele fala da importância de ter se trancado em um quarto de hotel para escrevê-lo.
E num instante de reflexão percebo que todas as vezes quando escrevo são nos meu momentos de solidão.
Essa solidão que desperta fortemente o sentir e deixa ainda mais aguçado a percepção de ver e ouvir.
Ficar quieta procurando no silêncio os desabafos e a intensidade dos sentimentos.
Existem textos que quando termino de escrever penso: Não sei como cheguei até aqui, mas sei que escrevi.
E Caio me surpreende quando conclui em Triângulo das Águas: Simplismente posso dizer que não o escrevi, fui escrito por ele.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Terminar a canção...

Escrever uma música e marcar os compassos junto com as batidas do meu coração.
Silenciando a saudade, a carência e a solidão.
Despertar os sentidos, cobrir o que está ferido traçando formas a essa canção.
Que fala de amor, afeto e tesão.
Tranquilizando essa distância e vazio que dominou novamente o meu coração.
E mais uma vez você partiu deixando tua ausência calada e a essência do teu abraço.
Ouvindo o canto de um passarinho lembro o quanto você está feliz e isso acalma o meu coração me dando forças para terminar essa canção.