domingo, 29 de abril de 2012

Vento...

Ah vento me leva pra longe, me embale, fazendo assim com que eu voe como os pássaros...
Os pássaros que abrem as suas asas e voam sem limites de espaços e lugares.
Só por hoje quero me sentir assim leve como uma pluma.
Deixando que o vento me carregue sem lutar contra, aceitando todas as suas adversidades.
Sentir a brisa em meu rosto, passando entre as nuvens, sentindo do alto o cheiro das folhas nas árvores.
Avistando o mundo perto do céu tão azul, tão cheio de nuvens e tão vigoroso com toda a sua imensidão e beleza.
Por um momento faço parte dessa imensidão, desse céu tão azul, me tornando quem sabe uma gaivota.
E o vento me trás de volta ao chão e eu continuo com a mesma sensação, onde a qualquer hora posso voar sem limites. 


terça-feira, 24 de abril de 2012

Desapego...

Carrego comigo a velha mania de não saber me despedir.
Gosto de deixar as coisas boas sempre marcadas no meu coração.
Essa vida cheias de idas e vindas, encontros e despedidas.
Vejo que é cada vez mais importante o desapego.
Não só para coisas e situações, mas também pessoas.
As vezes nos despedimos de alguém com a certeza que aquilo já passou e por ironia do destino alguns retornam.
Retornam porque deixamos, mas na verdade temos a certeza que aquela ou aquele não fazem mais parte das nossas vidas há muito tempo.
Costumo dizer que a vida é feita de sinais e ciclos, sinais que se manifestam nos guiando para novas direções e ciclos que se acabam.
Viver é uma ousadia e não tem como ser diferente. 
Porém é preciso ter coragem para virar a página e traçar novos caminhos.
Eliminando tudo aquilo que não nos cabe mais, desapegando para o novo.
A jornada nunca é fácil, mas o lema é lutar sempre e desistir nunca.
Porque o futuro é belo e incerto, depende de como você vê...

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sensações...

Eu sinto uma sede de algo que nunca bebi. Sinto fome e desejos de algo que nunca vi.
Sinto uma vontade enorme de descobrir sensações e sentidos que me tocam, mas não sei de onde vêm.
Lembranças de já ter vivido e ao mesmo tempo esquecido.
São espaços mais leves, estruturas mais ternas, um mundo a descobrir.
Eu desisti de tentar fazer algumas pessoas me entenderem, agora faço da minha escrita meu espaço sagrado e liberto.
Liberto dos meus mistérios, das minhas buscas incessantes e dos meus erros.
Quero mais é que as pessoas me vejam assim: um pouco louca, viajante, meiga, rude, desastrada e entregue.
Eu não sei falar baixinho e muito pior me calar, mas quando me encontro com a folha de rascunhos e uma caneta, faço do silêncio os meus encontros com a alma.
Essa alma que exercita todos os dias o grande desafio de viver nesse mundo de provas e expiações.
Porém é firme que sigo, acreditando no amor, escrevendo poesias, desabafos e expondo assim os meus mais sinceros sentimentos.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Melancolia...

Gotas de lágrimas em seu rosto. Soluços ritmados, expressando dores, desilusões e desafetos.
Passagens em sua mente, tempos indo, coisas vindo.
Necessidade de acalmar o coração, sentindo de perto a brisa do mar.
Esse mar, cheio de ondas, altas e baixas, numa imensidão de azul.
Sentada sobre a areia, pensamentos tomam formas, momentos se manifestam, fantasias se tornam real.
Só por hoje ela parou para sentir toda a sua melancolia, amargando suas derrotas como ser humano.
Expondo para si mesma o escuro, calado e profundo que habitava nela.
Porém, amanhã voltará a sorrir...