quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Bailarina...


Ela que se achava tão pequenina
Que sempre se lembrava das suas brincadeiras de menina
Fechou os olhos e começou a visualizar
Vestida de bailarina, fez o tempo parar

Teve um encontro entre ela e o espelho
Viu-se em um vestido rodado e vermelho
As sapatilhas ficavam na ponta dos pés
E num movimento surpreendente começou a rodopiar

Sentiu-se leve, livre e solta
Permitindo ser um pouco louca
Deixando o ritmo da música levar
Sentindo o seu corpo e alma se juntar

Tornando-se uma só frequência
No mesmo passo, indo na mesma direção
Deixando o seu corpo todo com movimentos suaves
Voltou a si e sentiu ser a bailarina da sua própria vida.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Reféns de nós mesmos...



É certo que a vida nos traz encontros.
Tão certo como as despedidas.
Nesses caminhos de idas e vindas.
Nessa estrada tão longa e comprida.
E o final é incerto...
Mas através dos sorrisos encontrados, dos choros despertados, vamos observando, analisando e talvez concluindo.
Concluindo aquilo que serve daquilo que não serve.
Percebendo o que veio ou não para ficar.
Descobrindo um jeito novo a cada dia de se amar, de se odiar, de se buscar e de se reencontrar.
Ninguém quer parar no meio, todos buscam alguma meta, algum canto, algum paraíso ou desencanto.
Das incertezas da vida fica a única certeza de que o mundo gira.
E assim caminha a humanidade, uns em passos lentos e outros correndo.
Despertando para o bem ou para mal, porque de tudo que se aprende quem faz a sua escolha é você.
Não é sempre que se escolhe as flores, às vezes preferimos os espinhos.
As flores nos enriquecem...
Os espinhos nos machucam...
Mas é dando a cara para bater e se expondo para doer que conseguimos talvez aprender.
E se mesmo assim não conseguirmos ficaremos perdidos e reféns de nós mesmos.