quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Através da janela do seu quarto....

O olhar dela parou na janela. Naquele momento avistou a destruição que o vento e a chuva estavam causando, viu pessoas se afundarem em terra, pais perdendo seus filhos, filhos perdendo seus pais, pessoas desesperadas perdendo suas casas e gritando de dor, pedindo socorro, se jogando em cordas, se agarrando a destroços.
Mais uma vez grudou os olhos do outro lado da janela e viu um bebê dormindo em um pedaço de telha, sendo empurrado pela chuva e chegando até ela.
Quando enfim conseguiu pegar o bebê no colo ele chorou, um choro de vida, de esperança, de estar ali nos braços dela inteiro, sem nenhum arranhão.
Foi então que o enrolou num cobertor quentinho e derepente a surpresa: ele parou de chorar, abriu os olhinhos, no momento em que ele abriu os olhos o mundo parou e tudo se transformara.
Em meio aquele caos, tendo visões terríveis de perdas, catástrofes, existia uma vida, pronta para começar.
E ela compreendeu que era difícil olhar para tudo aquilo que estava acontecendo através da janela do seu quarto, mas tinha que ser assim.
Porque por meio daquela criança, ela pode perceber que Deus se manifestou, permitindo salvá-la sem um único arranhão, já o restante teria que partir de uma vez junto com a tempestade.
Foi então que ela olhou para o bebê novamente e pensou: "Senhor dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra."

2 comentários:

  1. SEM PALAVRAS MINHA PEQUENA, UMA COISA EU APRENDI EM UMA PALESTRA QUE ASSISTI NO CENTO ESPÍRITA QUE FREQUENTO: TUDO É DO JEITO QUE TEM QUE SER POR MAIS QUE DOA...

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