Eu não quero remoer tudo por dentro, pelo contrário sinto necessidade de digerir.
Encontrar palavras que expressem o que está ali, coberto, calado e guardado em um canto.
Esse canto que as vezes adormece e outra hora desperta.
Entre nuâncias de reações e quietude, vou me transformando.
As vezes nem eu sei em que me transformo, mas a cada sentido oprimido e ao mesmo tempo reagido, não sou mais a mesma.
É como se o tempo me levasse, as pessoas mudassem e os meus objetivos se encontrassem.
E o mundo não me engolisse, meu coração não partisse e a vida não me ferrisse.
Pois sem isso é como se eu não existisse...