Luandre voltou a me visitar toda colorida, alegre e falante.
Ela veio só para me mostrar seu jeito livre de ser.
Sua leveza em andar, sorrir, brincar e cantar.
Luandre me surpreendeu cantando com uma voz forte e um jeito
suave.
Não consegui me conter e chorei igual a uma criança ao
ouvi-la.
Ela cantava uma canção italiana.
Senti que Luandre me conhece a fundo, pois nos olhos dela eu
via sua certeza em saber minha paixão por músicas italianas.
O quanto elas tocavam o meu coração e transformavam os meus
ouvidos em encontros comigo mesma.
O silêncio reinou e Luandre desapareceu deixando um brilho
com um perfume de flor de jasmim.
Luandre me deixa pensativa todas as vezes que aparece e
depois vai embora.
É como se ela me mostrasse um pouco do que eu fui, do que eu
era em algum lugar do tempo e do espaço.
Aquieto o meu coração, fecho os olhos e nos meus sonhos vejo
Luandre novamente em algum palco, em um teatro antigo que não me recordo o
nome, mas sinto ser tão familiar.
E Luandre canta...
Fernanda Montenegro diz, em entrevista, que o bem que ela mais preza nesta altura da vida é a Memória. Pois ela nos conta quem somos, nossa história e os ecos que existem dentro de nós.
ResponderExcluirBelo e delicado texto, Shirley, pequena querida.
Bj
Heloisa Duprat
Helo que honra e que maravilhoso ter a sua presença e seu comentário aqui no blog, essa entrevista da Fernanda Montenegro foi maravilhosa, uma grande Diva na qual me inspiro, bjokas
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