quarta-feira, 26 de março de 2014

Calar...


Por que ela sempre busca respostas no silêncio?
Por que ela se questiona tanto?
Por que a tristeza chega sem ela ao menos perceber?
Por que o mundo a machuca tanto?
Por que às vezes ela é tão cruel consigo mesma?
Ela se pergunta, mas não se responde.
Pausa, mas não silencia.
Não reage, porém não se conforma.
Quer uma resposta do céu, mas ele permanece calado.
Olha para o Sol, mas pensa na lua.
Espera o cair da noite só para ver as estrelas.
E as estrelas não aparecem o tempo está nublado.
No cair da chuva, ouve o barulho, olha pela janela e vê a água caindo.
Pensa na vida e na morte.
Faz uma prece, respira fundo e se liberta.
Liberta-se das perguntas sem respostas e começa a observar mais, ouvir mais e se cala, talvez para sempre.


quinta-feira, 6 de março de 2014

A Solidão no meio da multidão...


Ela estava rodeada de pessoas, ouvia risadas, conversas, mas sentia um vazio.
Era como se aquelas pessoas só ocupassem espaços, mas em nenhum momento paravam para olhá-la e ela estava ali despercebida.
Por alguns momentos tentou conversar, dizer o que pensa, porém ela nem era ouvida.
Até que o silêncio a dominou e ela decidiu observar.
Observar os gestos, a maneira das pessoas imporem o que acham o que pensam como falam como se expressam e as energias todas envolvidas ali.
Quando começou a sentir as energias começou a perceber coisas muito piores do que somente o vazio que a dominava desde o começo.
Foi então que firmou o pensamento e trouxe na lembrança pessoas tão especiais aquelas de longas conversas, aquelas que a consideravam tanto quanto ela as considerava e principalmente aquelas que nunca faziam se sentir só em suas companhias.
O telefone dela tocou era o seu amor, lembrando que ela precisava partir daquele lugar para mais um encontro especial com ele, onde solidão e vazio nunca existiam, mas sim companheirismo, atenção, troca e sentimentos recíprocos.
E em mais uma dessas experiências ela teve certeza o quanto é possível vivenciar a solidão no meio da multidão.