Ela estava rodeada de pessoas,
ouvia risadas, conversas, mas sentia um vazio.
Era como se aquelas pessoas só
ocupassem espaços, mas em nenhum momento paravam para olhá-la e ela estava ali
despercebida.
Por alguns momentos tentou
conversar, dizer o que pensa, porém ela nem era ouvida.
Até que o silêncio a dominou e
ela decidiu observar.
Observar os gestos, a maneira das
pessoas imporem o que acham o que pensam como falam como se expressam e as
energias todas envolvidas ali.
Quando começou a sentir as
energias começou a perceber coisas muito piores do que somente o vazio que a
dominava desde o começo.
Foi então que firmou o pensamento
e trouxe na lembrança pessoas tão especiais aquelas de longas conversas,
aquelas que a consideravam tanto quanto ela as considerava e principalmente aquelas
que nunca faziam se sentir só em suas companhias.
O telefone dela tocou era o seu
amor, lembrando que ela precisava partir daquele lugar para mais um encontro
especial com ele, onde solidão e vazio nunca existiam, mas sim companheirismo,
atenção, troca e sentimentos recíprocos.
E em mais uma dessas experiências
ela teve certeza o quanto é possível vivenciar a solidão no meio da multidão.
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