Ela gostava de observar as folhas das árvores, umas caindo e outras nascendo.
Os seus pensamentos iam pra longe, como um túnel, onde ela viajava em fatos passados e acontecimentos futuros.
Silenciosamente voltou a olhar as árvores e ficou ali, em meio as suas viagens no tempo, onde elaborava as próprias histórias futuras com as experiências vividas.
Assim como as folhas ela caía e renascia simultaneamente.
Quando observa a natureza é para no fundo buscar os sentidos de todos os vazios, que grita e ao mesmo tempo silencia dentro dela.
É no desconhecido que se encontrava, nessa mudança constante, do verde, das plantas, flores e animais que a todo momento estão em sua volta.
Para olhá-los, senti-los, encontrando sempre as respostas, seja num perfume de rosas, ou no olhar de um bicho.
Percebendo assim, que a estrada da sua vida era igual ao ciclo das folhas, que caem das árvores para outras nascerem.
Pois sempre quando o novo entrava em sua vida, o velho tinha partido,as vezes levemente, outras com galhos, tendo assim um peso maior, mas sempre partindo e renascendo...