quarta-feira, 9 de abril de 2014

De Frente com Luandre...


Era um dia comum, onde todas as coisas comuns e cotidianas estavam acontecendo.
E eu com essa velha mania de olhar o céu azul e ficar descobrindo o formato das nuvens.
Meus olhos se fixaram em uma nuvem enorme que me prendeu a atenção e foi tomando formas de um rosto bastante delicado.
Esse rosto foi saindo da nuvem e se materializando em um corpo que se aproximava cada vez mais.
Para minha surpresa parou na porta da cozinha, sorriu pra mim e eu a reconheci.
Era ela Luandre...
Meu coração disparou, pois ela nunca tinha aparecido para mim durante o dia, parecia que sempre esperava o cair da noite mais misteriosa.
Senti uma energia forte e sem explicação a sua luz se misturava com a do Sol e eu estava de frente com Luandre.
Perdi a minha fala e deixei-a livre para esse nosso encontro.
Luandre começou uma limpeza em minha volta, suas mãos irradiavam e sua voz dizia: Você precisa ficar leve menina.
Leve para dançar, cantar, rir, escrever, ajudar o próximo, amar e interpretar.
Quando ela disse a palavra interpretar parou os movimentos, olhou no fundo dos meus olhos e lágrimas começaram a cair.
E começamos a chorar juntas e num gesto de desespero tentei abraçá-la.
Foi quando Luandre sumiu só deixando o seu brilho intenso e celestial.
Eu estava me sentindo mais leve, porém lembranças começaram a me dominar.
E o sentido da palavra interpretar me levou direto ao teatro.
O teatro estava vazio, mas Luandre estava lá sentada, quando me viu se emocionou e novamente partiu.
E eu voltei a si, pensativa e calada...
Refletindo sobre Luandre, o teatro e a palavra interpretar.




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