sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Brisa...


Aproveitar a brisa o silêncio e repousar.
Deixando a mente quieta a espinha ereta.
Sentindo a respiração, filtrando o oxigênio se esquecendo do tempo.
Assim fecho os olhos e só sinto o vento.
Aliviando a mente e o corpo por um momento.
Trazendo dentro de mim e em volta a calmaria.
Na delicadeza de parar...
Na sutileza de silenciar...
Nessa necessidade imensa de repousar...
Para depois abrir os olhos e continuar.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Calma na Alma...


Quero as luzes azuis e lilás compondo o meu interior.
Desejo a cor branca em volta, trazendo paz no meu refletir e pensar.
Não quero mais ouvir gritos, preciso do silêncio junto com a brisa leve.
Quero neutralizar tudo que há de negativo e escrever poemas sobre a doçura de amar.
Quero vida nas plantas, nas flores e nos olhos dos animais.
Quero dialogar com Deus todas as vezes que achar necessário.
Quero encontrar em cada detalhe a calma na alma que às vezes julgo perdida.
Quero chorar só para desabafar.
E rir sempre para aliviar.
Pensar no outro sem deixá-lo invadir o meu infinito particular.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Eu vi um menino...


Eu vi um menino na rua ele sábia o que era casa, mas não sábia o que era ter um lar....
Ele andava pelas ruas e parecia sem fé...
Eu vi nos olhos do menino que além de comida ele queria um lar, um par de luvas talvez, de meias ou de sapatos.
O menino me contou que estava fazendo um curso de empilhadeira e os olhos dele se encheram de esperança.
Eu me despedi do menino, mas os seus olhos permaneceram em mim.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Amigos vão e vêm...


A verdade é que com o tempo coisas, pessoas e sentimentos vão nascendo, morrendo, chegando e indo embora.
Existem aqueles que com o tempo vão se afastando, outros chegando cada vez mais próximo.
Tem aqueles que a gente acha que é para a vida toda, mas não são.
Um belo dia em um suspiro ou numa brisa eles se vão.
Às vezes não vai embora à presença física, mas sim no ouvir, no olhar, em fazer parte das suas histórias, das suas buscas e dos seus anseios.
E novas pessoas ocupam os espaços e outros rumos começam a ser tomados.
Todos deixam as suas essências e como diria Chaplin deixam um pouco de si e carregam um pouco de nós.
A vida vai resolvendo e o coração percebendo quem fica por ficar, quem vai embora e quem realmente há de ser para sempre.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Na Faixa de Gaza...


Eu ouço crianças gritando
Pessoas correndo sem saber para onde vão
Tão longe, mas ao mesmo tempo tão perto
Visões de um mundo de terror e medo

Vejo pavor nos olhos de inocentes
Sofrimento e dor nas almas dormentes
Desespero e dissabor no corpo
Que não mais sente

E as vidas vão morrendo
Aos poucos, aos socos
Sem o último suspiro
Silenciando apenas o que é sofrido

O desespero me invade
As visões me sufocam
Tento vibrar paz, orar e ter fé
Mesmo quando Deus permanece calado.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ela não é desse mundo...


Tem momentos que ela não queria sentir
Muitas coisas não são fáceis
Possuem formas sem ter
E causam uma angústia

Ela não entende o que ouve
Para pra refletir e se assusta
Procura outra maneira de lidar
Mas, a culpa lhe toma

Culpa-se de não consegui mudar
Afligi-se por dentro
Fica introspectiva e em silêncio
No corpo que habita seu mundo tão particular

Ela não se conforma
Pensa diferente
Sente dilaceradamente
Questiona intensamente

Ela?
Quem é ela?
Ninguém a viu?
Ela não é desse mundo.

domingo, 6 de julho de 2014

Eu te convido para dançar...


Eu te convido para dançar independente da sua cor, das suas visões políticas, religião, time, opção sexual e até mesmo da sua nacionalidade.
Eu te convido para dançar porque o mundo anda violento demais.
Eu te convido para dançar porque as pessoas andam com palavras duras umas com as outras.
Eu te convido para dançar porque gentileza gera gentileza.
Eu te convido para dançar porque de grosseria e agressões o mundo já está cheio.
Eu te convido para dançar para que você esqueça a raiva, o ódio e sinta o seu corpo mais leve.
Eu te convido para dançar pra você deixar o sorriso te dominar, junto com o ritmo da música.
Eu te convido para dançar e se desligar dos problemas esquecendo-se das bocas sujas e das almas pequenas.
Eu te convido para dançar porque somos todos iguais.
E se somos iguais porque vamos nos odiar se juntos podemos nos unir e dançar.
Dançar os preconceitos, as diferenças, deixando fluir em cada passo a minha e a sua presença.
Somos únicos na nossa totalidade, seres individuais, mas juntos podemos mudar o rumo das coisas no dia que aprendermos o verdadeiro significado da palavra: RESPEITO.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Coisas de Deus...


Quando eu me canso, mesmo assim não me rendo não me calo e não desanimo.
Eu insisto em buscar o novo, em tirar proveito e fazer de cada situação um aprendizado.
Quando eu me canso até choro, mas choro só para renovar, transcender e transformar.
Transformar o meu silêncio, nas minhas preces e nos meus momentos tão particular.
Quando eu me canso existe uma voz que chama para dançar, uma força que me impulsiona para levantar e um desejo enorme de continuar.
E eu corro...
E eu procuro...
E eu vivo...
Vivo para cair e levantar.
E tenho certeza de que enquanto as cortinas não se fechar, mesmo cansada vou me reerguer e sambar.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Ah o tempo...



O tempo nos torna seletivo e transforma coisas que antes eram principais em apenas coisas.

O tempo realmente é um grande mestre, pois ele faz a gente crescer, amadurecer e mudar.

O tempo nos traz novas idéias, novos desejos, novos conceitos e novos sonhos.

Mas, acima de tudo ele nos faz jogar fora tudo àquilo que nos faz mal e todas as pessoas e coisas que não nos traz bons sentimentos.

O tempo é libertador, ele traz mudanças, seja através das perdas, ou seja, através dos ganhos, mas, acima de tudo ele nos traz maturidade. 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Poema sobre o filme: A Culpa é das estrelas.


A vida é um sopro
Um tanto quanto dolorido
Um tanto quanto inesquecível
É a arte de amar, buscar e encontrar

Ao mesmo tempo se perder
Sentir, esquecer e sobreviver
Tocar o céu alcançando as estrelas
Experimentar o sabor do mel, vencendo as fraquezas

Perceber que em determinados momentos
O tempo passa e ao mesmo tempo para
Instantes vividos jamais esquecidos
Às vezes com alegria, às vezes com dor

A dor que precisa ser vivida
Mas, ao mesmo tempo rompida
Para abrir espaços e deixar entrar o amor
Pois, um belo dia se morre

E o que fica são as marcas
Que você plantou
No coração e na alma
Da vida de cada um que você passou.



terça-feira, 10 de junho de 2014

Acalmar o Mundo...


E nessa confusão toda onde vou colocar minha roupa?
Onde vou ousar pendurar meu cabide?
Se meus pensamentos são soltos.
Se minhas teorias são banidas.
E meu universo tão obsoleto e preciso...
Nesse meu mundo completamente rígido, dinâmico, preto, branco e colorido.
São tantas as opiniões, as pessoas a todo custo querendo ter razões.
Vida vista de frente, como se meus ouvidos e olhos ficassem um pouco inexistentes.
Eu queria mudar tudo que está errado, inclusive a mim, mas ainda me sinto pequena.
Não em tamanho, mas na imensidão do ser, ver e sentir como o outro.
No observar o outro e na medida de compreender que quando penso com a razão as pessoas estão na emoção.
Mas, quando deixo minha emoção falar o outro me olha com um olhar de razão e reprovação.
E vou misturando os lugares, mesclando os olhares me perdendo no meio da multidão e me encontrando na minha concepção.
De ser o que sou e de caminhar do jeito que estou.
Quem sabe um dia consigo acalmar o mundo.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Bailarina...


Ela que se achava tão pequenina
Que sempre se lembrava das suas brincadeiras de menina
Fechou os olhos e começou a visualizar
Vestida de bailarina, fez o tempo parar

Teve um encontro entre ela e o espelho
Viu-se em um vestido rodado e vermelho
As sapatilhas ficavam na ponta dos pés
E num movimento surpreendente começou a rodopiar

Sentiu-se leve, livre e solta
Permitindo ser um pouco louca
Deixando o ritmo da música levar
Sentindo o seu corpo e alma se juntar

Tornando-se uma só frequência
No mesmo passo, indo na mesma direção
Deixando o seu corpo todo com movimentos suaves
Voltou a si e sentiu ser a bailarina da sua própria vida.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Reféns de nós mesmos...



É certo que a vida nos traz encontros.
Tão certo como as despedidas.
Nesses caminhos de idas e vindas.
Nessa estrada tão longa e comprida.
E o final é incerto...
Mas através dos sorrisos encontrados, dos choros despertados, vamos observando, analisando e talvez concluindo.
Concluindo aquilo que serve daquilo que não serve.
Percebendo o que veio ou não para ficar.
Descobrindo um jeito novo a cada dia de se amar, de se odiar, de se buscar e de se reencontrar.
Ninguém quer parar no meio, todos buscam alguma meta, algum canto, algum paraíso ou desencanto.
Das incertezas da vida fica a única certeza de que o mundo gira.
E assim caminha a humanidade, uns em passos lentos e outros correndo.
Despertando para o bem ou para mal, porque de tudo que se aprende quem faz a sua escolha é você.
Não é sempre que se escolhe as flores, às vezes preferimos os espinhos.
As flores nos enriquecem...
Os espinhos nos machucam...
Mas é dando a cara para bater e se expondo para doer que conseguimos talvez aprender.
E se mesmo assim não conseguirmos ficaremos perdidos e reféns de nós mesmos.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

A Filha da Rua...


Vagava pelas ruas sempre de madrugada.
Por lugares desconhecidos, passando por pessoas e rostos indefinidos.
A brisa da madrugada era fria, mas o seu olhar distante era o seu guia.
Seus passos cada vez mais lentos e o mundo a sua volta ficando pequeno.
Não sentia medo, nem fome, só frio e uma vontade imensa de abraçar.
Abraçar aqueles que estavam ao seu redor.
Para acalentar todas as angústias, dores e aflições daqueles que sofriam.
O sofrimento da solidão, do abandono e da rejeição.
Ela queria que todos eles encontrassem as respostas e os caminhos de volta.
De volta a uma vida que eles deixaram de viver.
Buscando em cada um o belo e o colorido de se amar.
Que eles se reencontrassem em si como seres humanos que são. Com suas totalidades.
E na sua imensidão sabia que jamais iria alcançar a perfeição.
Ela só queria tocar o coração das pessoas...



quarta-feira, 9 de abril de 2014

De Frente com Luandre...


Era um dia comum, onde todas as coisas comuns e cotidianas estavam acontecendo.
E eu com essa velha mania de olhar o céu azul e ficar descobrindo o formato das nuvens.
Meus olhos se fixaram em uma nuvem enorme que me prendeu a atenção e foi tomando formas de um rosto bastante delicado.
Esse rosto foi saindo da nuvem e se materializando em um corpo que se aproximava cada vez mais.
Para minha surpresa parou na porta da cozinha, sorriu pra mim e eu a reconheci.
Era ela Luandre...
Meu coração disparou, pois ela nunca tinha aparecido para mim durante o dia, parecia que sempre esperava o cair da noite mais misteriosa.
Senti uma energia forte e sem explicação a sua luz se misturava com a do Sol e eu estava de frente com Luandre.
Perdi a minha fala e deixei-a livre para esse nosso encontro.
Luandre começou uma limpeza em minha volta, suas mãos irradiavam e sua voz dizia: Você precisa ficar leve menina.
Leve para dançar, cantar, rir, escrever, ajudar o próximo, amar e interpretar.
Quando ela disse a palavra interpretar parou os movimentos, olhou no fundo dos meus olhos e lágrimas começaram a cair.
E começamos a chorar juntas e num gesto de desespero tentei abraçá-la.
Foi quando Luandre sumiu só deixando o seu brilho intenso e celestial.
Eu estava me sentindo mais leve, porém lembranças começaram a me dominar.
E o sentido da palavra interpretar me levou direto ao teatro.
O teatro estava vazio, mas Luandre estava lá sentada, quando me viu se emocionou e novamente partiu.
E eu voltei a si, pensativa e calada...
Refletindo sobre Luandre, o teatro e a palavra interpretar.




quarta-feira, 26 de março de 2014

Calar...


Por que ela sempre busca respostas no silêncio?
Por que ela se questiona tanto?
Por que a tristeza chega sem ela ao menos perceber?
Por que o mundo a machuca tanto?
Por que às vezes ela é tão cruel consigo mesma?
Ela se pergunta, mas não se responde.
Pausa, mas não silencia.
Não reage, porém não se conforma.
Quer uma resposta do céu, mas ele permanece calado.
Olha para o Sol, mas pensa na lua.
Espera o cair da noite só para ver as estrelas.
E as estrelas não aparecem o tempo está nublado.
No cair da chuva, ouve o barulho, olha pela janela e vê a água caindo.
Pensa na vida e na morte.
Faz uma prece, respira fundo e se liberta.
Liberta-se das perguntas sem respostas e começa a observar mais, ouvir mais e se cala, talvez para sempre.


quinta-feira, 6 de março de 2014

A Solidão no meio da multidão...


Ela estava rodeada de pessoas, ouvia risadas, conversas, mas sentia um vazio.
Era como se aquelas pessoas só ocupassem espaços, mas em nenhum momento paravam para olhá-la e ela estava ali despercebida.
Por alguns momentos tentou conversar, dizer o que pensa, porém ela nem era ouvida.
Até que o silêncio a dominou e ela decidiu observar.
Observar os gestos, a maneira das pessoas imporem o que acham o que pensam como falam como se expressam e as energias todas envolvidas ali.
Quando começou a sentir as energias começou a perceber coisas muito piores do que somente o vazio que a dominava desde o começo.
Foi então que firmou o pensamento e trouxe na lembrança pessoas tão especiais aquelas de longas conversas, aquelas que a consideravam tanto quanto ela as considerava e principalmente aquelas que nunca faziam se sentir só em suas companhias.
O telefone dela tocou era o seu amor, lembrando que ela precisava partir daquele lugar para mais um encontro especial com ele, onde solidão e vazio nunca existiam, mas sim companheirismo, atenção, troca e sentimentos recíprocos.
E em mais uma dessas experiências ela teve certeza o quanto é possível vivenciar a solidão no meio da multidão.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Até Breve...


Há uma chance que a morte se torne vida
Da partida não ser uma despedida
De o amor transformar a dor
Em uma luz que purifica

Das lembranças aos sorrisos
Dos momentos unicamente vividos
De cada fase inesquecível
E do encontro que já estava escrito

Um encontro de almas
Almas lindas
Almas alegres
Almas doces

Parto por ti, por mim
Por nós
Para te deixar leve
Mas nunca como uma despedida e sim como um até breve.



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Existe uma luz em mim...


Quantas certezas existem no mundo
Quantos gestos são realmente profundos
Tantos amores reprimidos
Sentimentos guardados e oblíquos

E na vida o que a gente leva
Leva poeira, leva brisa
Leva tristeza, leva alegria
Leva os momentos vividos a cada dia

Escrevo em letra pequena
Com sensação de caps lock
Soltando em palavras
As partituras inacabadas

Existe uma luz em mim
Que brilha conforme falo
Que reluz enquanto ando
E irradia quando me calo.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dando sentido aos sentidos...


No pausar da minha respiração me concentrei em um momento único.
Onde audição, olfato, visão e tato perdem os sentidos.
Só o pensamento que vai para longe, buscando em segundos, vivências, satisfações e plenitude.
E o vento começou a bater em meu rosto depois de tanto tempo.
Sensação de alívio cada vez que ele bate uma verdadeira renovação das minhas energias.
Revigorada e de alma tranquila volto a si para prosseguir com a vida.
Retomando a visão com maior clareza...
O tato com força e leveza...
O olfato ainda mais aguçado para os cheiros...
E a audição filtrada para os ouvidos...
Às vezes é bom silenciar, sair do eixo, para recobrar e dar ainda mais forças aos sentidos.



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Luandre canta...


Luandre voltou a me visitar toda colorida, alegre e falante.
Ela veio só para me mostrar seu jeito livre de ser.
Sua leveza em andar, sorrir, brincar e cantar.
Luandre me surpreendeu cantando com uma voz forte e um jeito suave.
Não consegui me conter e chorei igual a uma criança ao ouvi-la.
Ela cantava uma canção italiana.
Senti que Luandre me conhece a fundo, pois nos olhos dela eu via sua certeza em saber minha paixão por músicas italianas.
O quanto elas tocavam o meu coração e transformavam os meus ouvidos em encontros comigo mesma.
O silêncio reinou e Luandre desapareceu deixando um brilho com um perfume de flor de jasmim.
Luandre me deixa pensativa todas as vezes que aparece e depois vai embora.
É como se ela me mostrasse um pouco do que eu fui, do que eu era em algum lugar do tempo e do espaço.
Aquieto o meu coração, fecho os olhos e nos meus sonhos vejo Luandre novamente em algum palco, em um teatro antigo que não me recordo o nome, mas sinto ser tão familiar.
E Luandre canta...